Testes de Resíduos de Antibióticos no leite
Somaticell®
As análises de resíduos de antibióticos no leite são reguladas pelas normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De acordo com essas normativas, as análises de antibióticos no leite devem ser realizadas com base em pelo menos dois princípios ativos por recebimento.
As análises devem ser feitas para todos os grupos de antimicrobianos, com levantamentos periódicos junto aos fornecedores de antibióticos que são geralmente utilizados no rebanho.
Testes de resíduos de antibiótico no leite oferecidos pela Somaticell®
Os kits de detecção de resíduos de antibióticos da Somaticell® foram projetados para atender o mercado brasileiro, com as maiores proteções em termos de capacidade de detecção de drogas, cobertura de famílias detectadas, com 100% das necessidades descritas no PNCRC – Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes- do MAPA, para garantir que os laticínios recebam o leite com
resíduos abaixo da legislação, mas sem descartar leite bom como sendo leite contaminado.
Os kits 2 em 1 são recomendados para as análises diárias, eles são capazes de identificar 100% dos Betalactâmicos e Tetraciclinas vendidos no mercado. Na prática, essas são as duas principais famílias de antimicrobianos utilizadas no tratamento de doenças comuns em vacas de leite, em especial a mastite, a doença de maior importância para a produção leiteira.
Esses testes detectam as principais famílias de antibióticos usadas nos rebanhos leiteiros do Brasil:
Betalactâmicos, Tetraciclinas, Sulfonamidas e Fluorquinolonas, contando ainda com kits combinados e individuais para a detecção de Macrolídeos, Aminoglicosídeos, Fenicóis e Anfenicóis - entre outras possibilidades de acordo com a necessidade do cliente.
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Como são feitos os testes de resíduos de antibióticos no leite?
Para facilitar a compreensão da tecnologia dos testes Somaticell®, criamos uma série de vídeos explicativos que mostram detalhes de como aplicar os testes em seu laticínio ou laboratório:
Esta análise é feita com uma pequena quantidade de amostra de leite, a coleta é feita com uma pipeta e o material é adicionado em um micropoço para reação entre o antibiótico no leite e o anticorpo combinado com o conjugado colorido. Com a presença do antibiótico, este expulsará o conjugado do anticorpo, assim o conjugado fica isolado e não dará cor para a solução. Lembrando que esta reação ocorre em virtude da estabilidade química mais forte no complexo anticorpo/antibiótico. A quantidade de cor será inversamente proporcional à quantidade de antibiótico – ou seja, quanto maior a concentração de antibiótico, menos coloração a reação final apresenta.
Uma fita de leitura possibilitará a separação entre o restante do conjugado/anticorpo e a sua identificação para conclusão da análise, com a separação e detecção em famílias dos antibióticos presentes e seus níveis de ocorrência na amostra, mostrando se temos a presença acima dos níveis de sensibilidade do método. A leitura automatizada também pode ser feita para a interpretação destes resultados, utilizando o leitor e o aplicativo exclusivo da Somaticell, eliminando assim possíveis erros da interpretação visual.
No teste da Somaticell® o princípio utilizado é o Elisa (Enzime Linked Immunosorbent Assay), que faz uma ligação entre enzima e um substrato específico. Nesse método, o anticorpo é ligado ao conjugado colorido, que gera uma reação com o antibiótico no leite que, caso esteja presente, desloca o conjugado colorido e forma um composto com ausência de coloração.
Dentro dessa análise inversamente proporcional, quanto maior for o volume de resíduos antibióticos no leite menor será a coloração da reação. Após a primeira fase reativa, é utilizada a fita de leitura para a contagem da concentração de resíduos de antibióticos e caracterização do resultado.
Já conhece o
Aplicativo Somaticell?
O aplicativo Somaticell é a solução perfeita para produtores de laticínios que desejam garantir a qualidade do leite e otimizar sua indústria. Com ele, você terá o controle completo sobre a qualidade do leite, desde a análise até a tomada de ações rápidas e eficazes para garantir a excelência dos produtos.

Quanto tempo demoram os testes de resíduos de antibióticos no leite?
O teste é dividido em duas fases, a primeira consiste na adição do leite coletado no micropoço com conjugado e anticorpos. Essa etapa tem duração de 3 minutos e é onde acontece a reação do conjugado+anticorpos com o antibiótico quando presente
Após decorrido o tempo, o alarme é acionado e prossegue-se à próxima etapa da análise, em que é inserida a fita de leitura no micropoço e iniciado o cronômetro, que marcará o segundo tempo de incubação de 6 minutos. Por fim, basta retirar a fita, remover o excesso de solução, para então fazer a leitura do resultado, que pode ser feita visualmente ou automaticamente pelo dispositivo integrado ao
aplicativo Somaticell disponível para tablets e celulares.
Como os resíduos de antibióticos no leite afetam a produtividade e qualidade do laticínio?
O uso de antibióticos quando necessário no gado leiteiro é fundamental para manter a sanidade dos animais, a produtividade do setor e o bem-estar e qualidade de vida do rebanho. No entanto, para que o leite seja considerado de boa qualidade, é fundamental que ele siga padrões determinados pelas normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Uma das principais exigências é que o leite comercializado esteja livre de resíduos de antibióticos e pesticidas. Desse modo, é necessário realizar análises diárias e adicionais de amostras de leite para assegurar a qualidade e o valor agregado do produto.
Além de afetar a qualidade do leite, a presença de resíduos de antibióticos no leite também afeta a segurança alimentar para o consumo e o beneficiamento dos produtos lácteos. Do ponto de vista da segurança para os consumidores, a presença de resíduos antibióticos no leite pode causar problemas como alergias, toxicidade e maior risco de desenvolvimento de resistência de microorganismos aos antibióticos.
Já considerando o aspecto de produtividade dos laticínios, esses resíduos de antibiótico no leite causam efeitos negativos como problemas no desenvolvimento de fermentos lácteos na fabricação de produtos derivados, como queijos e iogurtes. O atraso na fermentação causado pela presença de antibióticos no leite abre espaço para o desenvolvimento de outras bactérias que alteram as características sensoriais desejadas nesses alimentos, como sabor, textura e aroma.
A IN77 e a legislação sobre resíduos de antibióticos no leite
Segundo a Embrapa, o Brasil ocupa atualmente a posição de 4º maior produtor de leite mundial. Buscando acompanhar as tendências mundiais e o comportamento do mercado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizou alterações recentes nas Instruções Normativas para esse setor.
Em resumo, os produtores de leite precisam estar atentos a duas normativas específicas, a IN76 e a IN77.
A IN76 determina os regulamentos técnicos de identidade e as características de qualidade que devem apresentar o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite pasteurizado tipo A. Já a IN77 estabelece os critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial.
Como objetivo, as normativas visam definir parâmetros de qualidade e segurança para o leite produzido no país. Os limites máximos de resíduos de antibiótico no leite são estabelecidos pelo Ministério da Saúde, incorporados pelo Ministério da Agricultura e têm como base os limites estabelecidos pelo Codex Alimentárius.
O Ministério da Agricultura reforça através das mudanças na legislação a importância da sanidade dos rebanhos e dos métodos de testagem e análise realizados pelos produtores e indústrias do setor.
Dentre as principais normas relacionadas aos resíduos de antibióticos no leite, podemos destacar o artigo 33 da IN77 e o parágrafo único do artigo 55:
- Art. 33. Para detecção de resíduos de produtos de uso veterinário a análise deve ser realizada no leite do conjunto dos tanques ou dos latões de cada veículo transportador.
- § 1º Para cada recebimento do leite, deve-se realizar análise de no mínimo dois grupos de antimicrobianos.
- § 2º O estabelecimento deve realizar, em frequência determinada em seu autocontrole, análise do leite para todos os grupos de antimicrobianos para os quais existam especificações de triagem analíticas disponíveis.
- Art. 55 Parágrafo único. A análise para detecção de resíduos de produtos de uso veterinário deve ser realizada sempre que houver reintrodução no beneficiamento do leite de vacas que finalizaram o período de carência do tratamento com antimicrobianos.
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Cuidados no teste de resíduos de antibióticos
A detecção de resíduos de antibióticos no leite pode ser delicada devido às baixas concentrações geralmente encontradas, medidas por partes por bilhão (ppb), aliadas à diversidade de produtos disponíveis no mercado para os rebanhos leiteiros. Por isso, é fundamental utilizar métodos de testagem com referência às técnicas aprovadas pelas instituições regulamentadoras do setor.
Esses métodos de referência são baseados em análises precisas feitas em laboratórios. No entanto, os produtores de leite podem optar por métodos mais versáteis, econômicos e instantâneos, como os kits de testagem disponíveis no mercado
– sempre considerando os desvios em relação aos métodos de referência.
Testes Individuais (Single): porque devemos realizá-los?
Os testes individuais têm como vantagem principal a maior capacidade de detecção dos elementos que compõem determinada família de antibióticos no leite . Ao utilizar um teste individual para a detecção de Sulfas, por exemplo, o potencial de detecção daquele anticorpo para todas as Sulfas é maximizado, tendo em vista que o teste não tem a concorrência de outros anticorpos para outros antibióticos no leite.
Sendo assim, um teste individual sempre será mais sensível, seguro e completo para a detecção de uma família específica na análise. Esse método é ideal para quem deseja garantir que resíduos de determinado grupo familiar não estão presentes no leite, ou então identificar mais princípios ativos de uma mesma família.
Casos de Uso de testes individuais de Resíduos de Antibiótico no Leite
Os testes individuais são o melhor método de análise quando, por exemplo, existe a necessidade ou a demanda para detectar se há a ocorrência de uma família de drogas específica em determinada região. A escolha do teste individual dará mais amplitude de detecção, segurança e garantia para os resultados em comparação aos testes combinados, detectando mais princípios ativos e com menor interferência, pois não existe a competição química com outros anticorpos/conjugados de outras drogas, como ocorre nos testes combinados de multi-resíduos.